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domingo, 29 de março de 2009

Santa Gemma Galgani - A Mística da redenção

Santa Gemma Galgani

Santa Gemma Galgani em sua breve peregrinação por esta terra deixou-nos um exemplo de sua intensa vida espiritual se oferecendo a Deus como vítima de expiação pelos pecados dos homens. No participar da paixão ela deseja ajudar Jesus nas suas dores. Se cria assim um pacto de amor em modo tal que Jesus a possa oferecer ao Pai como vítima de amor por todos os pecadores.

Foi assim favorecida por toda sorte de carismas, como os estigmas da Paixão, a coroa de espinhos, a flagelação e o suor de sangue. Teve freqüentes êxtases, espírito de profecia, discernimento dos espíritos e visões de Nosso Senhor, de sua Mãe Santíssima, de São Gabriel e da Virgem Dolorosa, e uma incrível familiaridade com o Anjo da Guarda.

Foi constantemente atacada pelo demônio, que lhe aparecia em forma humana ou de animais. Enfim, teve o matrimônio místico com Nosso Senhor Jesus Cristo e morreu como vítima expiatória pelos pecados do mundo.

“Toda a vida de Gema foi em síntese uma vida de união com Deus, de sofrimento com Jesus Cristo e de zelo ardente pela salvação das almas. No trabalho e no estudo, à mesa e nas conversas, no passeio e até no sono, Deus não se afasta um ponto de sua mente”.

A figura mística de Santa Gemma Galgani continua a fascinar pela sua única experiência espiritual que nos permitiu de conhecer a vontade de Deus. Uma experiência que ainda hoje pode aquecer o coração e iluminar a nossa mente.

De uma pureza angelical e enorme devoção a Nossa Senhora, essa jovem participou, de modo místico, de praticamente todos os atos da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo. É por assim dizer, uma teóloga simples, imediata e rica de humanidade, sem o uso daquelas grandes palavras tanto queridas aos Teólogos.

Dos escritos da mística se pode perceber uma linguagem simples, pobre, que permite, apesar da extrema simplicidade, de compreender e reviver a sua singular experiência com Jesus Cristo.

Pergunta Gemma.

- Quem te matou, Jesus?

Jesus, responde

- O amor. (II 82).

O amor a que se refere Gemma não é somente uma emoção, mas um Amor doado por Cristo através da Sua palavra, e ela se deixa tanto levar como discípula de colocar-se e sentir-se como ele.

Diversas vezes perguntei a Jesus que me ensine o verdadeiro modo de amá-lo, e então Jesus parece que me faça ver as suas Santíssimas chagas abertas. (I,15). Das suas "cartas" se entende todo o seu imenso amor por Cristo, amor que raramente se pode encontrar na mesma intensidade em outros Santos.

Esta é a sua missão, salvar os pecadores, não com a palavra ou com o ensinamento, mas com a vida, com a participação à Paixão de Jesus.
Através dessa graça mariana, descobre o significado místico da virgem aos pés da Cruz e doa a Maria a sua própria alma. Da sua parte, Maria prepara a Santa à graça da estigmatização.

Gemma com a oferta da sua vida concluiu a missão que Deus lhe havia confiado, amando-o com todo o seu ser. Porém, apesar de tudo, Gemma não pode revestir o hábito de consagrada a Deus e isto representou, sem dúvida, a maior desilusão da sua vida, mas consumiu a sua união de amor com Jesus Crucificado no mundo, na normalidade da vida laical. Um sinal evidente que esta estrada pode ser percorrida por todos nós.

A personalidade de Gema

A sua personalidade era de asceta: Caminhava descalça e sem meias, inclusive de inverno. Usava o cilício até quando não lhes foram proibidos. Nela existem todos os ingredientes de uma Santa Estigmatização como Padre Pio, cheia de amor como Santa Teresa de Lisieux. A seguir se pode encontrar tudo aquilo que se pode fazer arder o coração.

Atrás de uma aparência normal se esconde uma Santa extraordinária. Uma mística em contínuo e afetuoso dialogo com Jesus. Uma contemplativa que reza com a simplicidade de uma moça e a profundidade de um teólogo.

Supera as mais terríveis dificuldades deixando-se guiar pelo seu Anjo da Guarda. Desde moça mantém a alma cândida com a firme intenção de uma vida imaculada.

O Nascimento de Gemma.

Gema Galgani nasceu a 12 de março de 1878 em Camigliano, um vilarejo situado perto de Lucca, na Itália. Gema em italiano significa jóia. Seu pai era um próspero químico e descendente do Beato João Leonardi. A mãe de Gema era também de origem nobre. Os Galgani eram uma família católica tradicional que foi abençoada com oito filhos.

A Santidade na Infância.

Gema, a quinta a nascer e a primeira menina da família, desenvolveu uma atração irresistível pela oração enquanto ainda era muito pequena. Esse carinho pela oração lhe veio de sua piedosa mãe, que lhe ensinou as verdades da Fé da Igreja Católica. Foi a sua mãe que infundiu em sua preciosa alma o amor pelo Cristo Crucificado. A jovem santa aplicou-se com zelo à devoção.

Quando a mãe de Gema tinha de se ocupar com suas tarefas diárias de dona-de-casa, a pequena Gema puxava a saia da mãe e dizia: “Mamãe, conte-me um pouco mais sobre Jesus”.

Certo dia, por exemplo, tendo apenas quatro anos de idade, ajoelhou-se diante de um quadro do Coração de Maria na casa da avó paterna. Com as mãozinhas postas, ficou absorta rezando. A avó, passando pelo aposento, ficou encantada com o espetáculo, e correu a chamar seu filho para que também o visse. Este, depois de ter contemplado detidamente aquela oração, não achou nada melhor do que interrompê-la:

— Gema, o que está fazendo? Perguntou-lhe.

Como quem sai de um êxtase, a menina olhou-o e respondeu com a maior seriedade:

Estou rezando a Ave-Maria. Saia, que estou em oração.

Quando Gema tinha apenas cinco anos, ela lia o Ofício de Nossa Senhora e o Ofício dos Defuntos no Breviário com tanta facilidade e rapidez quanto um adulto.

Infelizmente, a mãe de Gema deveria morrer em breve. No dia em que Gema recebeu o Sacramento da Confirmação, enquanto rezava ardentemente na missa pela recuperação de sua mãe (a Senhora Galgani estava gravemente doente), ela ouviu uma voz em seu coração que dizia, « Tu me darás a tua mãezinha ? »

“Sim," respondeu Gema, “contanto que Tu me leves também.”

“Não," replicou a voz, "dá-Me a tua mãe sem reservas. Por ora, tu deves esperar com o teu pai. Vou te levar para o céu mais tarde.”

Gema simplesmente respondeu “Sim”.

Este “sim” seria repetido ao longo de toda a breve vida de Santa Gema, como resposta ao convite de Nosso Senhor para que ela sofresse por Ele.

A Perda da Mãe.

Sua Mãe morreu quando Gemma tinha apenas 7 amos de idade. Como fizeram outros santos, pediu à Santíssima Virgem que a substituísse. A partir daí, sua devoção à Mãe de Deus tornou-se mais terna. Ela a invocava sempre com o carinhoso apelativo de “mamãe”.

Após a morte da sua querida mãe, Gema foi enviada pelo pai para um semi-internato católico em Lucca, dirigido pelas Irmãs de Santa Zita. Mais tarde, refletindo sobre seus dias na escola, Gema disse: “Eu comecei a ir à escola das Irmãs, eu estava no Paraíso”. Ela era excelente em francês, aritmética e música e em 1893 ganhou o grande “Prêmio de Ouro” por conhecimento religioso. Uma de suas professoras na escola resume melhor tudo isso, dizendo: “Ela (Gema) era a alma da escola”. Gema tinha se preparado arduamente para sua Primeira Comunhão. Ela costumava implorar: “Dá-me Jesus... e verás quão boa eu serei. Eu vou mudar bastante. Não vou cometer mais nenhum pecado. Dá-me Jesus. Eu o desejo tanto, e não posso viver sem Ele.”Com nove anos (o que era mais cedo do que de costume) foi-lhe permitido receber sua primeira comunhão. Com a permissão de seu pai, ela foi ao convento local por dez dias para preparar-se dignamente para esse acontecimento solene. O seu dia chegou finalmente a 20 de junho de 1887, na festa do Sagrado Coração de Jesus. Com suas próprias palavras, ela assim descreveu o seu primeiro encontro íntimo com Cristo no Santíssimo Sacramento: “É impossível explicar o que se passou então entre mim e Jesus. Ele se fez sentir, oh tão fortemente, na minha alma.”

O acontecimento mais marcante que se seguiu na vida de Santa Gema foi quando seu pai morreu em 1897. Como conseqüência de sua extrema generosidade, da falta de escrúpulos de seus interlocutores nos negócios e problemas com credores, os filhos foram deixados sem nada e não tinham nem mesmo meios de sobreviver. Gema tinha apenas dezenove anos, mas já tinha uma grande experiência em carregar a cruz.

Gema afirma em sua autobiografia: “Morto papai, nos encontramos sem nada, carecendo absolutamente de meios de vida”.

Santa Gema padeceu muitos sofrimentos não só morais, mas também físicos.

Curada por um Milagre.

continua...

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