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quarta-feira, 18 de março de 2009

Papa pede que missas africanas não distorçam a liturgia

O papa pediu nesta quarta aos bispos e padres da África que preguem dando exemplo, para que não haja diferença entre o que ensinam e como vivem, que defendam as famílias e se oponham ao divórcio, e que as alegres celebrações religiosas africanas não distorçam a liturgia católica.

Bento XVI fez as declarações no discurso dirigido aos 30 bispos da Conferência Episcopal de Camarões, com os quais se reuniu em seu segundo dia na cidade de Yaoundé e diante dos quais ressaltou a importância da liturgia nas manifestações da comunidade católica africana.
"Estas celebrações são festivas e alegres, mas é essencial que as mesmas não sejam um obstáculo, mas um meio para entrar em diálogo e comunhão com Deus", afirmou o papa, que insistiu na necessidade de que sejam "dignas".

Desta forma, o papa expressou sua preocupação com a rica religiosidade africana, que muitas vezes inclui nas cerimônias ritos tradicionalmente tribais e os sobrepõe à liturgia católica.
Em um país onde os católicos são 26,7% da população (cerca de quatro milhões de fiéis), seguidos pelos muçulmanos, que são 22%, Bento XVI deu especial atenção à forte penetração das seitas pentecostais vindas da América, à proliferação dos movimentos esotéricos e à religiosidade supersticiosa.

Diante de tal situação, o papa convidou os membros do clero presentes a incentivar a formação dos jovens e dos adultos, especialmente dos universitários e intelectuais.
Se na terça-feira o pontífice voltou a condenar o aborto, hoje insistiu na defesa da família e reafirmou a indissolubilidade do casamento.
Para Bento XVI, "as dificuldades relacionadas ao impacto da modernidade e da secularização com a sociedade tradicional obrigam os valores tradicionais da família africana a serem preservados com determinação".

Lembrando que fica na África o seminário com maior número de aspirantes à vida religiosa - na Nigéria -, o papa pediu aos bispos uma "cuidadosa e severa" seleção de candidatos ao sacerdócio, para que não haja diferença alguma "entre o que ensinam e como vivem a cada dia" e assumam os compromissos contraídos.
Em um continente como a África, onde não ter mulher e filhos é visto como sinal de invalidez, muitos religiosos não levam uma vida coerente com as normas da Igreja, motivo pelo qual Bento XVI afirmou hoje que são necessários "homens maduros e equilibrados" para o sacerdócio.
O pontífice também destacou a ativa participação das associações femininas em vários setores da Igreja missionária, algo que, segundo ele, ressalta "dignidade" da mulher na sociedade e na vida eclesial.

O papa terá um encontro oficial com as mulheres africanas apenas na segunda parte de sua viagem, em Angola.
Bento XVI falou mais uma vez sobre globalização e afirmou que a Igreja continua defendendo as pessoas mais necessitadas e que a missão do bispo é ser o principal defensor dos direitos dos pobres, além de promover a caridade.
"A Igreja quer despertar a esperança nos corações dos excluídos e tem que contribuir para a construção de um mundo mais justo no qual cada um viva com mais dignidade", disse o papa.
Em um país onde existem mais de 200 etnias e em um continente marcado pelos conflitos étnicos, o papa disse que a Igreja Católica "exclui" qualquer tipo de etnocentrismo e contribui para a reconciliação e a cooperação étnica.

Hoje, Bento XVI celebrará a vigília para o Dia de São José na basílica de Maria Rainha dos Apóstolos junto a bispos, sacerdotes, religiosos, e representantes de outras igrejas cristãs, durante a qual deve fazer um apelo pela unidade dos cristãos.

Fonte: Terra Notícias.

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